Eliminar progressivamente as diferenças sociais e económicas entre a cidade e o campo.
ALDEIAS ABANDONADAS, PORQUÊ?
A VERDADEIRA SUSTENTABILIDADE (MORAL E ECONÓMICA) DA NOSSA NAÇÃO, PASSA PELA REABILITAÇÃO DAS NOSSAS ALDEIAS.
Podem chegar momentos de grandes catástrofes em Portugal ou qualquer outro País e é precisamente nestes momentos, de total desespero, que vem o apelo mais profundo: REGRESSAR À NOSSA ALDEIA
É justamente esse sentimento que assalta milhares de haitianos, perdidos e profundamente amargurados na tragédia que se abateu sobre este pobre povo. Alguns relatos arrepiam e mostram à saciedade que ninguém está a salvo duma tremenda desgraça. As origens e causas podem ser as mais variadas como, o bloqueio de uma cidade por desordens naturais ou de ordem cívica e económica. A água não chega à grande cidade, nem o abastecimento regular e só por isto a vida nela, pode torna-se angustiante e medonha. Uma grave convulsão social trás as pilhagens, a total insegurança, que pode atingir irremediavelmente a ordem e a segurança tidas como garantidas. A cidade vira, de um momento para outro, uma verdadeira selva. Acontecem estas e outras situações arrepiantes, constantemente, em qualquer lugar do mundo. Todavia lá, na aldeia, o ritmo das desgraças e privações, acontece em menor grau, ou mesmo não acontece. A vizinhança funciona, a fonte deita água pura, a segurança é garantida pela distância e isolamento e, até, algumas galinhas não deixarão de pôr os seus ovinhos. Alguma hortaliça, fruta e legumes, que com boa vontade e economia, a todos podem socorrer e valer. A vida é local e os transportes não se apresentam como indispensáveis.
1 - Depois, é destas aldeias, podem acreditar, que continua a irradiar para todos os eixos da vida do País, uma imensa força vital e espiritual. Mesmo quando destruídas e abandonadas. Delas, mesmo em ruínas, continua a erguer-se uma força estranha e forte, das gentes antepassadas, como bênção às gentes presentes e futuras. E, deveria ser principalmente por isso, além do muito mais, que elas deveriam estar arranjadinhas, do jeito que sempre foram. Inalteradas, mas bonitas.
Sem mudanças, tal e qual muitas gerações as viram e nelas viveram felizes. Poderiam ser os nossos hospitais de campanha, o lazer da juventude já perdida e o refúgio, doce, para os momentos mais amargos. Também, para todo o tipo de turismo, ou repouso de gente alquebrada pelas canseiras de uma vida de trabalho e saudosa da sua aldeia.
Vamos pois, dignificar aquilo que nunca nos sairá do pensamento, a aldeia onde aprendemos a ler e a escrever, onde espreitámos o primeiro ninho e vimos os passarinhos nascidos, de bico aberto, esperando alimento dos pais.
Se esta for uma real preocupação da União Europeia, assim poderá ser por toda esta terra de civilização cristã. E, por essa razão, nas nossas aldeias poderíamos dar guarida e apoio a gente em desespero como são atualmente as crianças, idosos e adultos haitianos, ou outras mesmo nossas. Amanhã poderá ser a nossa vez, a vida só tem razão de ser, quando todos tivermos de mãos estendidas e sorriso aberto, para aqueles que estiverem em desespero. Também para comungar os momentos bons e felizes da vida em vizinhança, na quietude da nossa aldeia.
Há menos de uma hora, olhei surpreendido para o visor do meu televisor e li:
“O número de Funcionários Públicos em Portugal está na média da UE.”
Senti algum desconforto na medida em que esta informação, nada diz aos ouvintes, pelo contrário, eles são induzidos em engano!
Cada país deve ter o número de funcionários públicos cuja despesa possa ser suportada pelo Orçamento do Estado. Ao que se sabe a despesa do Estado roça os 90% em salários! Os vencimentos da FP e as reformas são superiores aos da atividade privada.
Admito um princípio (como cidadão acho que posso) que é o seguinte:
1 – Poucos funcionários mas muito bem pagos e preparados ou,
2 – Muitos funcionários, mas com baixos vencimentos.
Portanto, estar na média ou não estar, nada diz a ninguém, depende das possibilidades financeiras do país e da preparação profissional desses funcionários!
A despesa que eles originam não pode é levar os empregados do setor privado a empobrecerem com permanentes pagamentos de impostos e as empresas privadas a perderem a sua competitividade que é indispensável para a sua sobrevivência! Para a sobrevivência dos seus empregados e do próprio país. Bem gostaria que os funcionários públicos ganhassem muito, mas primeiro está o equilíbrio de tudo e todos, e de Portugal acima de tudo.
Exceto um breve período na década de 50, quando fiz o meu serviço militar, tenho trabalhado duro desde que eu tinha 17 anos. Trabalhava 50 horas por semana, e não caí doente em quase 40 anos. Tinha um salário razoável, mas não herdei o meu trabalho ou o meu rendimento. Eu trabalhei para chegar onde estou, e cheguei economizando muito, mas estou cansado, muito cansado. - Estou cansadode que me digam que eu tenho que "distribuir a riqueza" para as pessoas que não querem trabalhar e não têm a ética de trabalho. Estou cansado de verque o governo fica com o dinheiro que eu ganho, pela força, se necessário, e o dá a vagabundos com preguiça para ganhá-lo. - Estou cansadode ler e ouvir que o Islamismo é uma "religião da paz" - Estou cansadode que me digam para eu baixar o meu padrão de vida para lutar contra o aquecimento global, o qual não me é permitido debater. - Estou cansadode que me digam que os toxicodependentes têm uma doença, e eu tenho que ajudar no seu tratamento e pagar pelos danos que fazem. Eles procuraram sua desgraça. Nenhumgerme gigante os agarrou e encheu de pó branco seus narizes nojentos, ou à força injetou porcaria em suas veias asquerosas. - Estou cansadode ouvir ricos atletas, artistas e políticos de todas os partidos falarem sobre erros inocentes, erros estúpidos ou erros da juventude, quando todos sabemos que eles pensam que seus únicos erros foi serem apanhados. - - -
- Estou cansado de pessoas sem senso do direito, sejam elas ricas ou pobres. - Estou realmente cansadode pessoas que não assumem a responsabilidade por suas vidas e ações.
- Estou cansado de ouvi-las culpar o governo e a sociedade de discriminação pelos "seus problemas." - Também estou cansadoe farto de ver homens e mulheres serem repositório de pregos, pinos e tatuagens de mau gosto, tornando-se assim pessoas não-empregáveis e, por isso, reivindicando dinheiro do governo (Dos impostos pagos por quem trabalha e produz). - Sim, estou muito cansado.Mas também estou feliz por ter 74, porque não vou ter de ver o Mundo que essas pessoas estão CRIANDO.
- Mas estou triste por minha neta e os seus filhos. Graças a Deus estou no caminho de saída e não no caminho de entrada.
Não há maneira de isto ser amplamente divulgado... A menos que cada um de nós colabore, enviando e ganhando força para contrariar esse (mau) caminho que o Mundo, por força de (péssimos) governantes, nos está proporcionando.
Ao contrário do que se possa pensar, a bancarrota de um país não é uma coisa lá muito rara. Em média, a cada ano que passa, há um país que entra em falência, ou seja, fica sem dinheiro para pagar as dívidas. Em pouco mais de 200 anos registaram-se 290 crises bancárias e 70 bancarrotas. Dizemos-lhe o que aconteceu nos países por onde o Fundo Monetário Internacional (FMI) já passou. A vizinha Espanha é uma habitué nestas andanças. Em 200 anos faliu 14 vezes, sete das quais no século XIX, mas estreou-se há muito mais tempo: a primeira vez que decretou falência foi em 1557. Na altura, como agora, a dívida da Espanha era elevada, os juros demasiado elevados para suportar e D. Filipe II mandou confiscar todas as mercadorias valiosas que chegassem aos portos. A família real também teve de «apertar o cinto»: ficou sem o mestre limpador de dentes e o especialista em álgebra e o jantar foi reduzido de dez para seis pratos. Reincidente é também a França, que em menos de cem anos foi quatro vezes à bancarrota. A Alemanha também nem sempre foi a «menina bonita» da Europa. Faliu a seguir às duas guerras mundiais. Nos anos 20 um café chegou a custar quase 70 euros e o preço duplicava em poucos minutos. Portugal já faliu várias vezes e conhece bem o FMI
“Mesmo com os grandes cortes nas despesas com o pessoal (redução de salários e subsídios). "Há uma dificuldade enormíssima em ir ao fundo, ao detalhe, ao pormenor. O Governo centra-se nos grandes números, pois é muito mais fácil aumentar IVA, IRS, etc. Sempre foi assim, mas não pode continuar a ser. Tem de se poupar nos detalhes, um milhão aqui, outro ali", insiste Cantiga Esteves, que avança uma explicação para a inação governamental: "Tudo isto mexe com muitos interesses instalados, que vão do pequeno ao médio e ao grande. Há uma resistência fortíssima à mudança e ninguém quer sair da sua zona de conforto." A presença da tróica em Portugal, considera este economista, não dá garantias de que se altere este estado de coisas.”
PORTUGAL QUE SE CUIDE. Temos na nossa história dos dois últimos séculos, todos os sintomas de uma decadência contínua, à medida que fomos perdendo todo o império conquistado e mundialmente invejado. Ainda com império, vimos cair a ditadura. Com a sua queda Portugal foi enfraquecendo a olhos vistos. Não desaparecem países ou civilizações, só pela queda de uma forma de poder, mas principalmente pela perda de valores, usos e costumes. Pelo enfraquecimento das lideranças políticas e, neste caso, Portugal está mais baixo que nunca. Está sem valores e sem liderança. Aquilo que temos, é um parente muito afastado de uma verdadeira liderança que garanta ao povo poder dormir descansado. O enfraquecimento social é notório e confrangedor! Talvez depois de nós portugueses, venham a cair outros países e até talvez a Europa. Outros mundos estão emergentes e as coisas são como os “alcatruzes da nora”, para uns poderem estar em cima, outros terão de estar mais em baixo.
Desde a antiguidade até aos nossos dias nenhuma civilização reconhecida pelo seu poder militar, cultural ou tamanho dos territórios conquistados, sobreviveu à erosão dos tempos. A história comprova-nos esta realidade inevitável. Gigantes subjugaram, progrediram, cresceram aos olhos das outras nações mais fracas, despertaram cobiças envaidecidos pelas suas capacidades e grandeza, finalmente, sucumbiram, mais século menos século, a uma época florescente. Como exemplos na antiguidade, os Romanos, os gregos, os Cartagineses, os Egípcios, o próximo e médio oriente, as civilizações da América Central, nomeadamente os Maias, Azetecas e Incas, China e Japão, nos nossos dias, a Alemanha, a Itália, intervenientes na primeira e segunda, guerras mundiais, o imperialismo japonês através de uma China medieval com objectivos bem claros, os governos não democráticos de Salazar, Franco e Mussolini.
As ambições impossíveis de sustentar e conter, projectadas pelos líderes adulados e glorificados pelos povos em questão, caíram inevitavelmente por terra. As invasões e as transformações de ordem política, social e religiosa amoleceram esses «imperadores» bem como os avanços militares desmedidos e cruéis. A ganância permanente do poder transformou-se rapidamente em autênticos fracassos pela impossibilidade de manutenção da actividade militar e força política. Grandes áreas conquistadas foram objecto de surpresas inesperadas onde se ceifaram milhares de vidas, principalmente militares, dando-se desse modo o enfraquecimento das ditaduras. O último dos ditadores a cair parece ter sido Saddam Hussein e com ele o seu desumano regime. Morto ou vivo que ele esteja, adivinha-se para sempre um mistério à volta de tudo o que aparecer na comunicação social sobre a sua sorte. Rodeado de duplos, tudo parece ter sido previsto por ele, mesmo a apregoada existência do seu ADN que os americanos dizem possuir! Não lhe terá sido difícil deixar que fosse roubada pelos invasores, a tal prova de individualidade, mas que até pode ser de um dos vários sósias que toda a vida manipulou! Só não previu cair tão depressa como caiu e foi enforcado pouco tempo atrás. A Babilónia já havia caído depois de ter sido o centro do mundo, tal como Bagdad, a cidade das “Mil e uma noites”.
Se você, a mais linda das mulheres, Se você não o sabe, Siga a trilha das ovelhas e faça as suas cabritas pastarem junto às tendas dos pastores. Comparo você, minha querida, a uma égua das carruagens do faraó. Como são belas as suas faces entre os brincos, e o seu pescoço com os colares de joias!
A população humana tem crescido tanto que o número de pessoas vivas já ultrapassou o número de todas as que já viveram até hoje – bem, isso é o que diz o factoide herdado dos anos 70. Algumas versões do boato afirmam que 75% de todas as pessoas que já nasceram estão vivas. No entanto, apesar de a população ter quadruplicado no século passado, o número de pessoas vivas atualmente é ainda é bem menor do que o total daquelas que já viveram.
Uma estimativa publicada em 2002 com o número atualizado de óbitos foi publicada por Carl Haub, demógrafo da Population Reference Bureau (Agência de Referência Populacional), uma organização não-governamental em Washington. Para chegar a esses números, Huab usou os dados históricos disponíveis sobre as populações em diferentes períodos, que serviram como base para determinar o número de todas pessoas já nascidas.
De certa forma, durante a maior parte da História, a população cresceu muito lentamente. De acordo com as “Determinantes e Consequências de Tendências Populacionais” da Organização das Nações Unidas, o primeiro Homo sapiens surgiu 50 mil anos atrás – porém, esse dado é contestável. Pouco se sabe sobre aquela época e quantos éramos então, mas o número estimado de habitantes para o período da revolução agrícola no Oriente Médio, em 9.000 a.C., é de 5 milhões.
Da revolução agrícola até à ascensão do Império Romano, a população cresceu bem devagar – menos de 0,10% ao ano –, alcançando aproximadamente 300 milhões de habitantes por volta do ano 1 d.C. Até que pragas avassaladoras exterminaram um volume absurdamente grande de pessoas – a “Peste Negra”, no século 14, matou pelo menos 75 milhões. O resultado é que, até 1650, a população mundial havia crescido para aproximadamente 500 milhões. Em meados de 1800, com os avanços da agricultura e a melhoria do saneamento básico a população dobrou, ultrapassando a marca de um bilhão de habitantes. E em 2002, quando Haub fez a última estimativa, a população do planeta tinha explodido, alcançando 6,2 bilhões de pessoas.
Para calcular quantas pessoas já viveram, Haub usou uma abordagem minimalista, começando com dois indivíduos (“Adão e Eva”) em 50.000 a.C. A partir de então, usando os índices de crescimento histórico da população e dados reais, ele estimou parcialmente o número de nascimentos em 106 bilhões de pessoas. Destas, apenas 6% estão vivas – um número que não chega nem perto dos 75%. “É seguro afirmar que apenas as pessoas vivas hoje representam apenas uma pequena fração daquelas que já nasceram na história do planeta” afirma Joel Cohen, professor de populações da Rockefeller e da Columbia University em Nova York. Para que esse mito se tornasse realidade, a Terra teria que ter mais 100 bilhões de habitantes vivos. “Que aconchegante!”, brinca Cohen, “Ainda bem que isso não parece plausível”.
Hoje existem mais de 6,5 bilhões de pessoas caminhando sobre a Terra, de acordo com estimativas das Nações Unidas. Nos últimos anos, a população tem crescido 1,2% ao ano, muito abaixo do pico nos anos 60 no qual o índice era de 2,1% anuais. Alguns países industrializados, principalmente França e Japão, apresentam uma taxa de natalidade muito baixa, que leva a população a encolher, aponta Haub. Nos países em desenvolvimento, o crescimento continua, mas algumas nações como a Índia estão experimentando uma desaceleração do índice de crescimento populacional.
Cohen duvida que a população mundial pode dobrar, chegando a 13 bilhões de habitantes – e se aproximar dos 100 bilhões parece ainda mais absurdo. Mesmo as maiores projeções das Nações Unidas não mostram um crescimento tão grande. Para o ano de 2050, a ONU projeta uma variação entre 7,3 bilhões e 10,7 bilhões de habitantes. A estimativa mais provável é de uma média de 8,9 bilhões de pessoas, tendo como base um leve e gradual aumento do índice de crescimento. Ainda de acordo com as projeções da ONU, a população mundial irá se estabilizar por volta de 2.200, em mais ou menos 10 bilhões de habitantes, o que não supera ainda o número de pessoas que já morreram na Terra.
Com tanta água no mar, pode parecer insensato falar em crise no seu abastecimento. Mas é exactamente para esse risco que a Organização das Nações Unidas (ONU) vem apontando há pelo menos trinta anos. A perspectiva é a de que, na próxima década, a crise de abastecimento atinja proporções inéditas, com a procura superando a oferta anual de 9 mil km3. A década passada foi toda dedicada a estudos da água e 1998 foi o Ano Internacional dos Oceanos, o reservatório de 97,5% dos 1,5 biliões de km3 da água da Terra. A água salgada, representa mais de 97%, das reservas mundiais, que são abundantes, embora não disponíveis quando e onde queremos, e na forma desejada. De tais reservas, quase dois por cento, está na forma de gelo. A água cobre 70% da superfície terrestre! Mas é bom que nos convençamos que a maior parte dessa água, não oferece condições para consumo. Igualmente os recursos fluviais, estão divididos de forma não proporcional: mais de 40% dos rios e lagos estão concentrados em seis países: Brasil, Rússia, Canadá, EUA, China e Índia. Muitas outras zonas da Terra, dispõem de poucos recursos hídricos.
A distribuição da água ao longo do ano, também apresenta enorme variabilidade. Esse facto faz com que existam épocas secas! No decorrer do III Fórum Mundial da Água, realizado no Japão, mais de dez mil representantes de 160 países, apresentaram-se, e muitos trouxeram soluções concretas para os problemas que atingem perto de dois mil milhões de pessoas, em todo o mundo. A crise mundial da água será um dos maiores desafios do século XXI! Noutra Cimeira Mundial, sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada na África do Sul, a comunidade internacional decidiu reduzir para metade o número de pessoas que não têm acesso a água potável até 2015, equivalente a 1,4 mil milhões de pessoas. Existe também o problema daquelas pessoas que não possuem quaisquer condições sanitárias e de salubridade, cujos números apontam para cerca de 2,3 mil milhões de pessoas. O grande drama consiste no facto de no momento em que se fazem grandes esforços, técnicos e financeiros, para dotar muitas pessoas de condições de acesso a água potável, saneamento e salubridade, a escassez do ”ouro azul” e o aumento acelerado da população mundial, atirarem o mundo para uma situação pior do que aquela que existe neste momento! Assim, prevê-se que, em 2025, 50 por cento da população mundial não terá acesso a água potável, contra os 30 por cento que actualmente sofrem esse problema!
As fontes de riqueza natural expandem-se desigualmente pelas diferentes regiões do Globo, com os aspectos curiosos e inesperados que a geografia económica revela. Se o crude e o seu derivado petróleo, sobressaem na importância de toda e qualquer economia, já vimos anteriormente que as reservas do Médio Oriente são consideráveis a nível mundial.
O petróleo, uma arma do Médio Oriente
Descoberto no início do século XX (a primeira exploração data de 1909 no Irão), o petróleo tornou-se um dos mais importantes elementos da economia mundial. Além de utilizado como combustível, vários outros derivados colocam o petróleo como base da economia de muitos países, sendo alvo da cobiça e sinal de riqueza para quem detém jazidas. O Médio Oriente, logo após a Primeira Guerra Mundial, já era o maior produtor petrolífero do mundo e, por isso, despertava o interesse das grandes potências. Assim, houve uma partilha dos países do Médio Oriente com a França e a Inglaterra, que passaram a dominar as empresas de exploração de petróleo. Para citar um exemplo, em 1926, a Irak Petroleum foi repartida entre Inglaterra, que detinha 52,5% das acções; França, com 21,25% e EUA, 21,25%; restando ao Iraque somente 5%. Cerca de 90% da produção mundial passou ao controle de apenas sete empresas, conhecidas como as “Sete Irmãs”, das quais cinco eram norte-americanas. Como consequência desse imperialismo, houve um grande êxodo rural na região, principalmente do Egipto para os países do Golfo, provocando desequilíbrios populacionais e económicos. Vale a pena lembrar que, apesar de se estarem a formar grandes riquezas, apenas uma pequena classe de privilegiados tinha acesso ao dinheiro e a maioria dos “petrodólares” eram investidos nos grandes centros dos países ricos, restando 7% de investimento aos países árabes. Com o nível de vida das populações a baixar, apareceu um forte sentimento de independência nos países árabes. Os produtores de petróleo passaram a pressionar as “sete irmãs” estabelecendo uma divisão de lucro de meio por meio e, em 1960, criam a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para organizar e fortalecer essa política de independência. Os países membros são: Arábia Saudita, Emiratos Árabes Unidos, Irão, Catar, Kuwait, Iraque, Líbia, Gabão, Indonésia, Nigéria, Equador, Venezuela e Argélia. Em 1968, cria-se a OPAEP (Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo), com o objectivo de defender os interesses referentes à nacionalização das companhias estrangeiras.
Também já vimos que foi nesta área do Golfo que nasceram das mais influentes religiões do mundo
Constatámos igualmente ser o Médio Oriente, uma das zonas que apresenta maior instabilidade política e social, sendo inclusive, aquela onde se desenrolaram nos últimos tempos mais guerras. O conflito entre israelitas e árabes, tornou-se latente há muitas dezenas de anos, sem fim à vista. É nesta zona que actuam muitos dos grupos de guerrilheiros organizados e conhecidos em todo o mundo. Logo nesta região que é das que apresenta maior densidade populacional. Naturalmente que existirão razões históricas na origem de todos estes factos, motivo pelo qual valerá a pena relembrá-los. As zonas onde se desenvolveram as primeiras civilizações históricas, apresentam uma baixa latitude nas suas terras, de clima seco e muito quente, onde os desertos ocupam lugar importante, deixando apenas como regiões favoráveis à fixação do homem as duas únicas grandes planícies (Egipto e Mesopotâmia), cuja fertilidade se devia à enchente dos seus rios: Nilo, Tigre e Eufrates.
A civilização egípcia floresceu durante mais de três milénios no vale do Nilo, dispersando-se pelas terras que o rio, extenso e impetuoso, tornava ciclicamente férteis. Venerado como um Deus que tudo dava e a quem tudo se agradecia, o Nilo Azul foi, assim, razão de existência para um povo que se iria mostrar inteligente e activo, ao ponto de erguer e estabilizar uma cultura que a História regista como a mais duradoira da Antiguidade. A decadência do mundo egípcio começa no século VII a.C., com o assalto das hordas assírias e, mais tarde, dos Persas. O Egipto torna-se por último uma província da Roma vencedora.
A civilização dos sumérios floresce na Mesopotâmia no fim do IV milénio a.C. Hamurabi, que foi o primeiro grande rei dos semitas, unificou toda a Mesopotâmia Meridional (ou Babilónia), mas a verdadeira unidade viria a ser conseguida por um outro povo semita – o assírio (1243 a.C.), que, embora sob constantes vicissitudes, foi o último grande povo do vale entre o Tigre e o Eufrates que dominou a região antes da conquista persa.
A Babilónia foi a primeira do mundo a pôr a alegria de viver acima da glória militar.
Babilónia capital, como Paris, era um centro de cultura internacional. E como Paris era um centro de diletantismo e divertimento. A mulher babilónia era a mais emancipada do Oriente. A poligamia era proibida mas a concubinagem era legal. E para além das leis, a mulher mandava no coração dos homens. Os célebres jardins suspensos da Babilónia, foram erguidos por Nabucodonosor para consolar as suas amigas. Vénus a mais querida das deusas babilónicas, era representada sob a forma de uma mulher em pé sobre dois leões. A força submetida à beleza. Uma frase resume a História do Médio Oriente até final do século XII: Um desfile de civilizações.
Em 1500 anos (cerca de 4500 a 3000 a.C.) os homens do vale entre o Tigre e o Eufrates e os do vale do Nilo, inventaram a roda e os transportes rodados, aprenderam a trabalhar o linho, construíram barcos à vela, descobriram os números, inventaram a escrita, aprenderam a irrigar as terras de cultura, criaram as primeiras cidades e revelaram o seu talento para as artes.