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O ENTARDECER

O ENTARDECER

SARAR FERIDAS

 

 

 

Sarar feridas e deitar para longe conceitos afastados de um salutar convívio democrático, será fundamental no reencontro entre todos os portugueses de boa-fé.

Se permanecerem os agravos no seio do país, com os portugueses divididos por conceitos políticos inexistentes e alimentados artificialmente, continuaremos enfraquecidos e nunca alcançaremos a necessária estabilidade política nos próximos atos legislativos. Sem esse esclarecimento e essa estabilidade política, não ganharemos a confiança do povo nem ganharemos o país. As feridas que não são saradas têm a tendência a agravar cada vez mais.

Do ponto de vista ético é necessário que cooperemos com toda a lealdade, não continuando a alimentar guerrilhas, que somente impedirão a credibilização da política.

Perante o País e os eleitores o sistema político ainda não conseguiu a credibilização suficiente para se empreenderem as grandes mudanças absolutamente necessárias, embora o desgaste que se começa a sentir na governação, seja preocupante.

Alguém, com alguma notoriedade política e funções internacionais, terá dito:

“Aquilo que muitas vezes me choca é ver Governo e partidos da oposição atuarem como se estivessem numa situação normal. Não se sai daqui com o mero jogo da alternância democrática”

Dizer isto é muito importante, por que de há muito a comunicação social o deveria dizer, nomeadamente quando determinado líder, sem qualquer experiência vivida, utiliza um tom e uma linguagem tão chocante, esquecendo que foi o seu partido o maior responsável pelo atual sofrimento dos portugueses! Certamente está convicto da infalibilidade do chamado “Arco do Poder” e da “alternância democrática”. Todavia, a gravidade da situação e o respeito pelo sofrimento de milhares ou milhões de famílias, EXIGIRIA OUTRO APRUME E OUTRA LINGUAGEM! Tudo o que nasce morre um dia, valerá a pena salvarmos pelo menos, a nossa alma.

Claro que há um “mal - estar”. Mas isto não quer dizer que todo o País esteja a lidar mal com os objetivos da contenção do défice e das reformas ensaiadas. Quanto ao crescimento económico, políticas de emprego e à promoção da coesão e segurança social, por muita propaganda que se faça, e faz, serão muito poucos os convencidos.

Tenhamos a força de vontade e a coragem moral para, juntos no partido, podermos mudar e salvar o nosso País levando-o aos níveis de bem – estar dos nossos parceiros europeus!

Depois de não haver feridas abertas no partido, em profusão, e ressarcindo quanto possível os mais atingidos pelos danos colaterais das guerrilhas, é forçoso lutar pela credibilização do PPD/PSD, enfrentando todos os moinhos de vento, para acabar de vez com a falta de transparência interna e externa.

Guerra aos caciques de novo pois, o tempo é da coragem.

Não esquecer que o resultado das próximas eleições autárquicas não deixará de ter repercussões profundas no actual executivo.

A guerra ao pagamento de quotas arregimentado e aos financiamentos envenenados visando o tráfico de influências é outro combate indispensável.

Guerra a tudo que não seja lealdade, competência e sentido do dever de servir com altruísmo.

Estas e muitas outras conhecidas manobras de baixo nível dentro do partido são um assunto sério, pois minam a credibilidade do partido e do regime político, e devem ser combatidas com determinação e sem demagogias.

Os fautores são bem conhecidos e todos os militantes terão de assumir as consequências dos seus actos que causaram danos ao partido.

Por estranho que possa parecer, quanto maior o afastamento e o desinteresse pela política dos cidadãos, provocado pelo conhecimento público de tais diatribes imorais de militantes sem escrúpulos, mais os partidos têm de gastar nas suas actividades eleitorais para mobilizar os eleitores, de si, totalmente descrentes no sistema político.

Lá bem no fundo todos sabemos que é o povo eleitor que, além de pagar, acaba sempre por ser o prejudicado com os caminhos ínvios daqueles que só procuram na política aquilo que ela lhes pode dar.

Os eleitores vão dando provas de saberem isso, fazendo da abstenção o maior partido.

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