OS IDOSOS
NA ILHA DOS CONDENADOS
Fizemos deste mundo uma “Ilha dos Condenados”. Uma ilha na qual outros têm liberdade total, outros tem a admiração e o respeito de todos os outros cidadãos e onde os condenados estão, sem apelo condenados à morte! Para estes condenados tudo é angústia existencial humana. Para eles não há compreensão ou uma maior visão dos horizontes do absurdo que é a vida.
Em Portugal, a realidade não é diferente. Muitas vezes referido como um dos países mais envelhecidos da União Europeia, 20% da população portuguesa tem mais de 65 anos. Os dados divulgados pela Pordata (uma base de dados organizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos), a propósito do Dia Internacional do Idoso que se celebra a 1 de outubro, ajudam a perceber melhor quem são e como vivem os idosos portugueses.
Portugal é o quarto país da União Europeia com maior percentagem de idosos, logo a seguir a países como Itália e Grécia. Desde os anos 60, o número de pessoas com mais de 65 anos aumentou de cerca de 700 mil para mais de dois milhões, acompanhando a diminuição do número de nascimentos. Na década de 70, por cada idoso com mais de 65 anos, existiam duas crianças com menos de 10. Atualmente, as estatísticas mostram exatamente o oposto — por cada criança com menos de 10 anos, existem cerca de dois idosos.