A GUERRA EMINENTE
Naquele ano o inverno tinha sido bastante rigoroso. Em Março e Abril a chuva ainda não tinha abrandado. Desde o início do terceiro ano do século XXI, que toda a gente esperava, com expectativa e algum medo, o começo da invasão do Iraque pelas forças americanas e inglesas.
A Europa havia-se dividido entre o apoio aos americanos e outra facção contestando o mesmo. Entre estes, aparecia a esquerda política com todo o seu folclore, traduzido em manifestações de rua e outros alardes de exibicionismo. De qualquer forma assumem, com despudor, sempre um poder de mobilização e contestação em nada consentâneo com os votos que recolhem nas urnas!
O sentimento dos europeus relativamente aos árabes é extremamente difícil de definir! Até mesmo a esquerda, tão pródiga na denúncia da guerra, fá-lo muito mais por um sentimento antiamericano e capitalista, como dizem, do que por apoio aos árabes. Não andando longe da verdade, a pouca simpatia pelos árabes andará à volta dos atentados por eles levados a cabo com total desprezo pela própria vida, pelas regras de conduta impostas às mulheres e naturalmente pela natureza, talvez fanática, do seu culto religioso.
De uma coisa ninguém já duvida, a guerra está por pouco. Porquê? Isso, é bastante difícil de saber com absoluta certeza. Aparecem na cabeça das pessoas, em forma de opinião, várias versões. O próprio presidente dos EUA, George W. Bush, em intervenções públicas, tem anunciado a inevitabilidade da guerra, falando da vontade de Deus! Saddam Hussein em discursos públicos, incita o povo do Iraque e as suas forças armadas à resistência, justificando a mobilização, com invocações igualmente divinas!