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O ENTARDECER

O ENTARDECER

A vida é uma permanente escolha

 

O homem nasceu para ser livre. Ao podermos viver livremente num contexto de escolhas, é essa capacidade de escolher em liberdade e responsabilidade que nos faz sentir, seres livres. Se escolherem por nós a escola, o hospital, a igreja, o emprego etc., nunca seremos seres humanos livres. Chega que nos escolham o cemitério!

 

“Somos
Tantos numa só pessoa
Somos o que fomos antes
E o que não seremos mais
Também

Nós já não somos
Como um dia nós sonhamos
Somos o que a vida fez de nós
Que fizemos de nós mesmos
Viver é escolher
Entre o instinto e a razão
Entre a cabeça e o coração
Os caminhos da alegria e da dor
E do bem-querer
Da solidão
E nada é por acaso

Tempo
É tão pouco o nosso tempo
Para tanto sentimento
Que não cabe no presente
Nós somos nossa história
Nossos sonhos e memórias
Nossas ilusões à toa
Nossas emoções baratas

 

Viver é aceitar
Nossos bons e maus momentos
Entre razões e sentimentos
Entre o medo e o desejo de amar
Amanhecer, anoitecer
Tempo em movimento

 

PARTIDOS E CANDIDATOS AUTÁRQUICOS

 

A antiga figura de um “Regedor” ou de um actual “Presidente de Junta”, deve ser de tal modo abrangente e neutral nas suas funções, que jamais deveria ser manipulada pelas esferas de acção de “grupos”, lóbis, ou mesmo, dos próprios partidos.

Manipular é exercer coacção, é retirar liberdade de expressão e decisão. Podem e devem, tais figuras, dialogar com o seu partido, certamente com o seu grupo também, como devem fazê-lo com toda a gente. Será o seu desempenho ao longo do mandato e a forma como a população o for apreciando, ou não, que o seu partido deve ter em conta, numa nova candidatura!

A opinião pública é a bússola orientadora. Opiniões avulsas ou envenenadas só devem ter um destino; o caixote do lixo. Infelizmente os partidos não funcionam assim. É criminoso que um autarca com o apoio total da população seja afastado por motivos políticos (quais?) pelo seu partido, da sua mais que justa reeleição, sempre que for o caso.

Tal só pode significar que “alguém”, ou algum grupo quereria que tal presidente não fosse um servidor público, mas sim, alguém totalmente dependente do partido (ou grupo), que o julga possuir! Isto é maquiavélico! Mafioso mesmo!

Representa tudo o que vai de mal no nosso País. Envolve o problema do financiamento dos partidos e a inerente corrupção. E muito mais do que isso! A falta de dignidade, também. Não ocupamos os últimos lugares no “ranking” da UE dos maus exemplos, por acaso. Estamos lá porque os caminhos que seguimos não são os melhores para o País nem para a nossa população.

Uma cadeira de política e civismo deveria ser leccionada nas nossas escolas. Porque Política e Civismo deveriam andar de mãos dadas desde os bancos da escola. E não andam! Se andassem, provavelmente, tudo mudaria para melhor. De “pequenino se torce o pepino, diz o povo. Leccionar valores indispensáveis a uma política transparente e não sectária é imperioso na formação de uma pessoa de bem. Leccionar o respeito pelo próximo também.

O Ensino só deveria ser leccionado por quem estivesse acima, bem acima, da corriqueira e baixa politiquice actual. Assim se mudaria o mundo e o nosso país. Infelizmente ensina-se alguma política em Portugal, mas leccionada por gente que não o deveria fazer.

Tem que haver outra política e outro sentido democrático, porque aquilo que que temos, não presta a título nenhum. Pergunte-se à população se querem esta ou outra política, mas, entretanto dêem-lhe garantias de que ninguém será perseguido por falar abertamente destes problemas.

Vivem as facções, grupos e tendências acomodados dentro dos partidos mas, de uma forma rigorosamente sigilosa! Porquê? O que é que se pretende esconder? Será que têm cobertura constitucional? Passam por legislação aprovada no parlamento e tiveram aprovação do Presidente da República?

Porque se castiga quem não esconde ou pactua? Castiga-se marginalizando! Cobardia. É isto que faz medo às pessoas. É isto, que as inibe de falar não só sobre os “lobbies”, mas sobre todo o edifício que está montado no sistema político! Há gente de mais a fingir que não sabe! Gente muito responsável, ou seja, gente que o deveria ser. De facto a nossa democracia está a transformar-se num gigantesco mensalão. Parafraseando outros tempos e outros lugares dir-se-á: “Já não há em Roma mais lugar para um bravo Romano” . Entretanto a bancarrota está-nos a bater à porta, quem a vai abrir? Quem anda metido em tudo isto é sempre candidato, é fácil perceber onde eles estão. Peçam sacrifícios a esses …..

António Reis Luz

CORTES E CATIVAÇÕES NAS REFORMAS

A reforma para a grande maioria dos nossos políticos só tem um significado, cortar nas reformas de idosos para “tapar” outros buracos! Cortam nas reformas sem respeito pelo facto de elas terem sido pagas ao longo de uma vida pelos trabalhadores. E com muito sacrifício”!

Eles, em breve vão morrer e por agora já não votam!

Esta gente sem formação moral ou social, pensa desse jeito, muito mais ainda para os lados da geringonça. Esta gente sem passado e de futuro duvidoso, nunca saberá ou perceberá o que é passar uma vida a trabalhar e fazendo sacrifícios para ajudar toda a família, pagando uma reforma que antes de chegar a si, terá servido para muitos outros aguentarem a velhice. E outros, terem que comer antes da morte!

Mesmo sem terem descontado um tostão!

Também para manterem precários ou melhorar, taxas propagandísticas de desemprego! Sempre, tendo em vista, as próximas eleições, que para eles assim, são canja!

 

Quem descontou uma vida inteira, vegeta com uma reforma de mais ou menos mil euros mensais que não chega para se ter uma velhice digna, sem falarmos do custo da habitação, do IMI, das pequenas ou grandes reformas na casa em que vivem, e da dependência física e mental de toda a família.

Mas 85% dos nossos idosos têm uma reforma igual ou inferior a 409 euros e a média mensal é de 387€, dados de Maio. Se não fossem os apoios da Segurança Social, das instituições de solidariedade social e das famílias, a maioria não conseguiria sobreviver com o que recebe ao fim do mês como reforma. É isto que se houve como lamúrias de quem está velho e doente! Ao invés, as reformas de políticos e muitos outros fiéis servidores desta gente, são completamente escandalosas! Na maioria das vezes sem descontarem um tostão para elas!

- Os reformados, ou mesmo pré-reformados, com pouco dinheiro no bolso e alguns pobres sonhos na cabeça, não se deitam tarde, pois as preocupações com o dia seguinte não os deixam dormir! Mas levantam-se com o nascer do sol que já entra por uma telha partida. Nos dias de chuva entra pela fresta do telhado a água que vem do céu! Pôr uma telha nova no telhado já não é obra para idoso e puxar do bolso algumas moedas só resulta para o Estado.

- Para o Estado, sim é! Hoje paga imposto quem compra e quem vende, mas aquele que lucra é sempre o mesmo, o dito Estado, que nada produz e só gasta! Fingindo que é dono do dinheiro apanhado a quem trabalha ou trabalhou, mesmo pré reformado!

- Depois do parco pequeno-almoço, vão à padaria, buscar o alimento do dia! Isso é sagrado, a par de dois dedos de conversa com os vizinhos igualmente madrugadores! E todos os dias pagam 1,20 euros pelo pão, uma parcela "pequenina", mas que ao fim do mês representa 12,8% da pensão, a mínima do regime rural! E "Chamam a isto uma reforma?"

- A pensão mínima do regime rural (224,60€), segundo os dados de Maio do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, é a que recebem 191 800 pensionistas. Mas existem 33 031 com uma pensão social (187,18€). E 85% dos idosos portugueses têm um rendimento mensal igual ou inferior a 409,50, a reforma mínima do regime geral. É assim que se leva a vida. "Lamentações! Para quê? A extrema – esquerda só fala no aumento do ordenado mínimo!

- Mas temos de ter espírito alegre, é isso que nos faz viver", justifica-se esta gente. "A minha filha teve de se mudar para uma casa mais pequena e acabei por ir para um lar. Éramos uma família. Agora recorda sobre como foi divertida a sua vida e as viagens que fez devido à profissão do pai, "deputado da Nação".

- A solução para muitos idosos foi encontrar apoios extra familiares, o que representa um grande encargo financeiro. "É muito complicado conciliar a vida profissional com a familiar e a minha mãe recebe a pensão mínima. Mas ela gosta de convívio e é muito importante que essa vivência lhe seja garantida", justifica a sua filha.

- A pergunta que se coloca ao reformado é: "Porque não optou por um lar mais económico?" "Tendo em conta a pessoa que ela é seria muito mau se a colocassemos num espaço cheio de idosos e num ambiente depressivo. Vi lares que não eram muito mais económicos e tinham menos condições", disseram-nos.

 - Quanto à situação de carência dos portugueses com 65 ou mais anos, não temos dúvidas em afirmar: "É impossível diminuir as prestações sociais. Se não fossem esses apoios, a maioria dos idosos não sobreviveria. E a classe média é sempre a que acaba por ter maiores dificuldades. O meu filho é autónomo e não tenho dívidas. Caso contrário, não conseguiria garantir à minha mãe as condições ideais que tem."

- As utentes do Centro não trazem pulseiras nem fios, algumas nem sequer têm dinheiro para comprar ou mandar arranjar a placa dentária. E há quem adie a ida ao oftalmologista, com medo que ele os faça comprar outros óculos.

- Num lar para 120 pessoas, todos com alguma dependência, é um centro de dia que recebe 70 idosos diariamente e dá o apoio domiciliário a mais 80. Os pedidos de inscrição é que não param. Tantos que nem vale a pena fazer lista de espera para as entradas no lar. Já o centro de dia e o apoio domiciliário vai-se esticando conforme as necessidades. É a vida ….

- Nos Centros de Dia, os gastos com as habitações, as refeições, os consumíveis e com os 160 funcionários fazem com que cada idoso internado custe 1300 euros, 700 no apoio em casa e 600 no centro de dia.

- "Tomara eu poder trabalhar. Agora é que se ganha dinheiro. Fui mulher-a-dias e no meu tempo era uma miséria. Estará no centro de dia enquanto "tiver pernas", o que não acontece com o marido que sofreu um AVC e "não se mexe, coitadinho". Tem duas filhas, que "também têm as suas vidas e fazem o que podem. Coitadinhas!"

- A forma como se vive a velhice depende de múltiplos factores, nomeadamente do sítio onde se vive, no meio rural ou citadino, rodeado por prédios ou por árvores.

- "Tomo um Vastorell de manhã e à noite (3,95 euros a embalagem, arteriosclerose) e uma aspirina ao almoço. O meu marido sofre de reumatismo e tem de tomar mais remédios para as dores. O dinheiro vai dando graças a Deus. Conseguimos equilibrar as contas. Com esta idade, já temos o que nos faz falta, o resto é para a comida, água, luz, a botija de gás e os medicamentos", dizem muitos idosos!

- Estar por "nossa conta" significa que não dependemos da filha de ambos e do filho dele, tanto para as despesas como para a organização doméstica. "Enquanto pudermos, ficaremos na nossa casinha. Não estaremos encafuados num lar."

- Muitos idosos têm de andar de canadianas, nada que os impeça de ir ao café, todos os dias depois do almoço, com a esperança que apareça "um companheiro" para conversarem.

- É frequente cruzarmo-nos com alguém que já ultrapassou os 70 aos, ao contrário do que acontece com crianças que ainda não estão na escola.

- Os jardins estão povoados de pessoas com mais de 65 anos, a maioria homens. Eles vão jogar às cartas e ver quem passa, as mulheres ficam em casa na lida doméstica.

- "Custa muito, vou indo”. Estive em casa dos meus filhos, que me dão muito apoio, mas vim para a minha casa. Não quero ser um peso!" lamentam-se quase todos.

 

HAVIA PAIXÃO

As vezes que Nuno conseguia ver a Rita, iam aumentando. Talvez os dois fizessem por isso. Ela sabia que aquele jovem de quem nem sequer sabia o nome, vinha ali todos os dias para a ver. Nuno não acreditava que o aparecimento dela no varandim fosse um simples acaso. Procurando vê-lo sem qualquer disfarce, olhando-o com tanto carinho, não poderia ser um acto fortuito. Muito menos uma brincadeira da sua parte. Claro que os olhos do Nuno não viam somente a Rita, viam também que as águas do rio já não eram barrentas. Eram cada vez mais límpidas. Quase à superfície, apareciam peixes a nadar vencendo a corrente. A ramagem dos salgueiros deslizava na face das águas correntes. Os adeptos da pesca à linha, das terras vizinhas, estavam de volta.

Resultado de imagem para barcos de pesca no Tejo

Os outros, os profissionais também. Era vê-los remando e estendendo as redes nos seus barcos pretos, em forma de meia-lua. Vários aprestos de pesca como “covos”, “tarrafas”, etc., completavam a faina dos pescadores do rio. A venda deste peixe era feita nas terras envolventes, desprovidas de abastecimento de peixe do alto-mar. 

Do lado agrícola, não tardaria que os trabalhadores especialistas, comecem a sua tarefa na poda das árvores e vinhedos. Manadas de bois puxam os arados na preparação das terras para as sementeiras, enquanto dezenas de alvéolas, de pernas finitas e cauda comprida e basculante, depenicam os vermes trazidos à superfície. As trepadeiras que cobriam as extensas paredes do palácio, não tardarão a florir. No verão, serão o esconderijo e dormitório de toda a espécie de passarada. O palácio pela sua beleza e arquitectura é considerado património nacional e a sua construção remonta a tempos desconhecidos. Incorporada no palácio existe uma linda capela com ricos vitrais.

A LENHA NÃO FALTAVA

No inverno, com a chegada do sol abria-se um novo ciclo de vida, mas também um aumento de frio, principalmente nas noites e no entardecer e amanhecer. A chuva com todos os seus inconvenientes, torna as temperaturas muito mais amenas. Agora com o sol a irradiar luz e calor durante o dia, somos obrigados a ir buscar mais um cobertor para a cama, quando nos deitamos! De manhã, quando nos levantamos e chegamos à janela para estreitar o dia, ficamos deslumbrados. Os telhados do casario em redor, estão todos brancos. Quando saímos de casa a aragem matinal é fria e deixa o nariz e as orelhas geladas. A vida não pára e toda a gente anda de um lado para o outro., mesmo os catraios, de sacola às costas, lá iam para a escola. Pelos caminhos de terra batida ou simples carreiros, sem nunca pararem, vão arrastando as suas pesadas botas cardadas, não perdendo a oportunidade de partirem o gelo formado nas muitas poças do chão. À noite, dentro de casa, toda a família se aquecia nas braseiras. Lenha, era aquilo que não faltava.

A NOSSA CASA

 

A nossa casa é o nosso ninho. É nela que se forma a nossa família, é nela que respiramos sonhos e é nela que amamos quem nela nos acompanha vida fora. O seu ponto mais alto costuma ser o natal, com a sua noite de sonho. Perdidos na rua andamos perdidos e sem sonhos. Na nossa casa sonhamos e fazemos sonhar os outros.

Sobre o encanto da nossa casa e do Natal, um dia li e jamais esqueci:

“A minha casa se descobriu ao caminhar,

A minha casa é um caminho a seguir,

A minha casa pode ser em qualquer lugar,

A minha casa é uma casa sempre a construir.”

Afinal, que casa é esta? Ela é também uma caminhada na qual descobrimos coisas que ainda lá faltam! Apesar de a ela, nos dedicarmos de alma e coração. Os desafios são grandes mas os recursos que temos ao nosso dispor, são bem poucos! Chocantemente insuficientes! Mesmo assim, não desesperamos de caminhar, sempre caminhar. Parar não nos passa pela cabeça.

O natal há-de chegar e com ele o nosso encanto. Então tudo será diferente. As ruas enfeitadas e iluminadas, as prendas no sapatinho, a alegria das crianças transmite-nos um estranho fascínio! Tudo se transforma num encantador renascer.

Passamos a ver tudo com mais confiança. Então percebemos, que pelo nosso esforço, ganhámos olhos realistas. Percebemos que não precisamos de ter mais, pois já temos o suficiente. E para o ano haverá mais.

Logo nos surpreendemos, quando pelo vidro da janela vimos gente que pede esmola na rua.

Então alguma tristeza NOS INVADE, NA NOITE DE TODOS OS ENCANTOS.

PREFÁCIO

 

Pessoalmente acredito que este novo século, forçosamente, trará de volta uma nova ordem social e política. Porque serão finalmente repostos o respeito e os tradicionais valores humanos. Nos dias de hoje, a “pirâmide” está completamente invertida.

Representará tal, uma conquista e vitória contra o crime organizado, a criminalidade económico-financeira, o oportunismo e o materialismo selvagem que têm vindo a revelar-se uma ameaça grave contra a moral, democracia, sociedade em geral e a própria economia.

Quem tiver por hábito manter-se informado sobre o mundo, sabe de previsões de organismos internacionais cheios de credibilidade, no sentido de uma certeza absoluta: a escassez, dentro de duas ou três dezenas de anos, de bens essenciais à manutenção do nível de bem-estar dado como adquirido na Terra, pelos países mais desenvolvidos.

Serão os casos, além de muitos outros, do petróleo e, mais ainda, da água potável! A confirmarem-se tais previsões, e se outras soluções não forem encontradas, o «caos» instalado poderá tornar-se muito perigoso! Sabemos, ainda, que todo o pensamento é adivinhação, como referia Miguel Tamen na sua obra Maneiras de Interpretação. Dizia ele que só agora os homens começam a compreender o seu poder divinatório. Também dizia que só aquele que pode compreender esta Idade, ou seja – dos grandes princípios de rejuvenescimento geral – conseguirá apreender os pólos da humanidade, reconhecer e conhecer a actividade dos primeiros homens, bem como a natureza de uma nova Idade de Ouro que há-de vir …. O homem tornar-se-á consciente daquilo que é: compreenderá finalmente a Terra e o Sol, talvez mesmo o próprio universo!

Mesmo quando nos servimos da ficção, o nosso pensamento pede adivinhação! Gente entendida e sabedora admite como provável que o surgimento do próprio ser humano tenha ocorrido há cerca de 1 7000 000 de anos. Até hoje sempre a Terra deu ao Homem os seus meios de sobrevivência. Que estará para acontecer?

É na lógica de uma próxima escassez dos bens essenciais, por exaustão, que será de admitir a vinda de um «caos» mais acentuado. Tanta coisa vai mal no seu consumo, gestão e preservação! O primado do individual sobre o bem comum, por exemplo, é outro ponto que contribui para esta ruptura. Embora seja despiciendo subestimar o individual, um ponto essencial de equilíbrio colectivo é indispensável à nossa sobrevivência.

Parece, contudo, que depois deste «caos» em crescendo surgirá a já anunciada nova Idade de Ouro. Poderíamos também chamar-lhe de «Paraíso», ou seja, alguma coisa bem melhor do que tudo o que tem existido até hoje. Esse “paraíso” virá, numa normal convicção, de uma força universal a unir as pessoas, que brotará por volta de 2040 na montanha Sinjar, no Iraque. Resultará ela, de uma nova cultura que, sem ofuscar a individualidade, conseguirá sobrepor-se a ela, fazendo desabrochar um novo sentido colectivo, quase perfeito, em consequência directa de se ter atingido um grau superior na sua civilização.

Novamente aquela região doa grandes rios, na qual nasceram as maiores religiões monoteístas do mundo e outras civilizações, será o berço de uma nova civilização! A Sociedade Global em pleno. Muitos apontam, hoje, duas vias para a globalização, ignorando, todavia, que em 2040 estará implementada na Terra uma terceira via! A Idade de Ouro.

Essa será a grande mudança a ocorrer e constituirá o desaparecimento da mediocridade e oportunismo que nos conduziram ao «caos», relativo, do início deste século. Assim poderá ser em meados do actual século!

 

ser idoso em Portugal

Quanto custa ser idoso em Portugal

Que Deus nos ajude, mais vale ser precário na função pública!

 

A reforma para a grande maioria dos nossos políticos só tem um significado, cortar nas reformas de idosos para “tapar” outros buracos! Cortam nas reformas sem respeito pelo facto de elas terem sido pagas ao longo de uma vida pelos trabalhadores. E com muito sacrifício”!

Eles, em breve vão morrer e por agora já não votam!

Esta gente sem formação moral ou social, pensa desse jeito, muito mais ainda para os lados da geringonça. Esta gente sem passado e de futuro duvidoso, nunca saberá ou perceberá o que é passar uma vida a trabalhar e fazendo sacrifícios para ajudar toda a família, pagando uma reforma que antes de chegar a si, terá servido para muitos outros aguentarem a velhice. E outros, terem que comer antes da morte!

Mesmo sem terem descontado um tostão!

Também para manterem precários ou melhorar, taxas propagandísticas de desemprego! Sempre, tendo em vista, as próximas eleições, que para eles assim, são canja!

 

Quem descontou uma vida inteira, vegeta com uma reforma de mais ou menos mil euros mensais que não chega para se ter uma velhice digna, sem falarmos do custo da habitação, do IMI, das pequenas ou grandes reformas na casa em que vivem, e da dependência física e mental de toda a família.

Mas 85% dos nossos idosos têm uma reforma igual ou inferior a 409 euros e a média mensal é de 387€, dados de Maio. Se não fossem os apoios da Segurança Social, das instituições de solidariedade social e das famílias, a maioria não conseguiria sobreviver com o que recebe ao fim do mês como reforma. É isto que se houve como lamúrias de quem está velho e doente! Ao invés, as reformas de políticos e muitos outros fiéis servidores desta gente, são completamente escandalosas! Na maioria das vezes sem descontarem um tostão para elas!

- Os reformados, ou mesmo pré-reformados, com pouco dinheiro no bolso e alguns pobres sonhos na cabeça, não se deitam tarde, pois as preocupações com o dia seguinte não os deixam dormir! Mas levantam-se com o nascer do sol que já entra por uma telha partida. Nos dias de chuva entra pela fresta do telhado a água que vem do céu! Pôr uma telha nova no telhado já não é obra para idoso e puxar do bolso algumas moedas só resulta para o Estado.

- Para o Estado, sim é! Hoje paga imposto quem compra e quem vende, mas aquele que lucra é sempre o mesmo, o dito Estado, que nada produz e só gasta! Fingindo que é dono do dinheiro apanhado a quem trabalha ou trabalhou, mesmo pré reformado!

- Depois do parco pequeno-almoço, vão à padaria, buscar o alimento do dia! Isso é sagrado, a par de dois dedos de conversa com os vizinhos igualmente madrugadores! E todos os dias pagam 1,20 euros pelo pão, uma parcela "pequenina", mas que ao fim do mês representa 12,8% da pensão, a mínima do regime rural! E "Chamam a isto uma reforma?"

- A pensão mínima do regime rural (224,60€), segundo os dados de Maio do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, é a que recebem 191 800 pensionistas. Mas existem 33 031 com uma pensão social (187,18€). E 85% dos idosos portugueses têm um rendimento mensal igual ou inferior a 409,50, a reforma mínima do regime geral. É assim que se leva a vida. "Lamentações! Para quê? A extrema – esquerda só fala no aumento do ordenado mínimo!

- Mas temos de ter espírito alegre, é isso que nos faz viver", justifica-se esta gente. "A minha filha teve de se mudar para uma casa mais pequena e acabei por ir para um lar. Éramos uma família. Agora recorda sobre como foi divertida a sua vida e as viagens que fez devido à profissão do pai, "deputado da Nação".

- A solução para muitos idosos foi encontrar apoios extra familiares, o que representa um grande encargo financeiro. "É muito complicado conciliar a vida profissional com a familiar e a minha mãe recebe a pensão mínima. Mas ela gosta de convívio e é muito importante que essa vivência lhe seja garantida", justifica a sua filha.

- A pergunta que se coloca ao reformado é: "Porque não optou por um lar mais económico?" "Tendo em conta a pessoa que ela é seria muito mau se a colocassemos num espaço cheio de idosos e num ambiente depressivo. Vi lares que não eram muito mais económicos e tinham menos condições", disseram-nos.

 - Quanto à situação de carência dos portugueses com 65 ou mais anos, não temos dúvidas em afirmar: "É impossível diminuir as prestações sociais. Se não fossem esses apoios, a maioria dos idosos não sobreviveria. E a classe média é sempre a que acaba por ter maiores dificuldades. O meu filho é autónomo e não tenho dívidas. Caso contrário, não conseguiria garantir à minha mãe as condições ideais que tem."

- As utentes do Centro não trazem pulseiras nem fios, algumas nem sequer têm dinheiro para comprar ou mandar arranjar a placa dentária. E há quem adie a ida ao oftalmologista, com medo que ele os faça comprar outros óculos.

- Num lar para 120 pessoas, todos com alguma dependência, é um centro de dia que recebe 70 idosos diariamente e dá o apoio domiciliário a mais 80. Os pedidos de inscrição é que não param. Tantos que nem vale a pena fazer lista de espera para as entradas no lar. Já o centro de dia e o apoio domiciliário vai-se esticando conforme as necessidades. É a vida ….

- Nos Centros de Dia, os gastos com as habitações, as refeições, os consumíveis e com os 160 funcionários fazem com que cada idoso internado custe 1300 euros, 700 no apoio em casa e 600 no centro de dia.

- "Tomara eu poder trabalhar. Agora é que se ganha dinheiro. Fui mulher-a-dias e no meu tempo era uma miséria. Estará no centro de dia enquanto "tiver pernas", o que não acontece com o marido que sofreu um AVC e "não se mexe, coitadinho". Tem duas filhas, que "também têm as suas vidas e fazem o que podem. Coitadinhas!"

- A forma como se vive a velhice depende de múltiplos factores, nomeadamente do sítio onde se vive, no meio rural ou citadino, rodeado por prédios ou por árvores.

- "Tomo um Vastorell de manhã e à noite (3,95 euros a embalagem, arteriosclerose) e uma aspirina ao almoço. O meu marido sofre de reumatismo e tem de tomar mais remédios para as dores. O dinheiro vai dando graças a Deus. Conseguimos equilibrar as contas. Com esta idade, já temos o que nos faz falta, o resto é para a comida, água, luz, a botija de gás e os medicamentos", dizem muitos idosos!

- Estar por "nossa conta" significa que não dependemos da filha de ambos e do filho dele, tanto para as despesas como para a organização doméstica. "Enquanto pudermos, ficaremos na nossa casinha. Não estamos encafuados num lar."

- Muitos idosos têm de andar de canadianas, nada que os impeça de ir ao café, todos os dias depois do almoço, com a esperança que apareça "um companheiro" para conversarem.

- É frequente cruzarmo-nos com alguém que já ultrapassou os 70 aos, ao contrário do que acontece com crianças que ainda não estão na escola.

- Os jardins estão povoados de pessoas com mais de 65 anos, a maioria homens. Eles vão jogar às cartas e ver quem passa, as mulheres ficam em casa na lida doméstica.

- "Custa muito, vou indo”. Estive em casa dos meus filhos, que me dão muito apoio, mas vim para a minha casa. Não quero ser um peso!" lamentam-se quase todos.

 

Um governo de traição nacional

 

A história e a política estão cheias de grandes tiradas, de declarações que mudaram o rumo do mundo e que inflamaram o desejo e o sonho de milhões durante décadas ou séculos:  

- "Obviamente, demito-o!"

- "De l’audace, toujours de l’audace, encores de l’audace!" - "We shall fight on the beaches..."

"Os proletários não têm nada a perder senão as suas grilhetas!"...

E há também frases aparentemente banais que, por uma conjugação de circunstâncias, conseguem mudar o curso dos acontecimentos. O fim do senador republicano americano Joseph McCarthy foi ditado quando, durante uma das famosas audições no Senado, o advogado do Exército dos EUA Joseph Nye Welch lhe perguntou simplesmente, com um ar de profundo desdém:

"Have you no sense of decency?" 

Uma pergunta que bastou para os americanos - havia 20 milhões a seguir a transmissão televisiva em direto - adquirirem a consciência de que aquele arruaceiro pomposo era apenas um pequeno traste à procura de poder. O homem não merecia senão desprezo.

O que é espantoso é como, na atual situação política portuguesa, há tão pouca gente a fazer a mesma pergunta a todos e a cada um dos membros dos nossos Governos, de cada vez que abrem a boca, quando é tão evidente que essa gente é apenas, como McCarthy,  um bando sem escrúpulo, sem noção de decência, sem respeito pela lei, sem apego à democracia e com um profundo desprezo pela vida dos cidadãos e uma subserviência criminosa em relação aos interesses financeiros internacionais.

Há decência nos swaps ? Na destruição da escola pública ou privada? Na humilhação dos pobres? Na destruição da universidade? No aumento do desemprego a que chamam flexibilização? Na destruição da administração pública a que chamam requalificação?

Não têm o sentido da decência? Não. Não têm, não querem ter e têm raiva a quem tem.

Parece uma caricatura? Parece. Mas isso é apenas porque um Governo é de facto uma caricatura, um excesso de mentiras e pouca-vergonha, uma organização de rapina que governa sem qualquer escrúpulo.  Aquele conjunto é de facto caricatural.

Maduro é caricatural. Muitos outros são caricaturais como todas as pessoas sem escrúpulos são também caricaturais.  Porque é que as enormidades que diz não são denunciadas como enormidades que são?  Porque é que se acha aceitável este estilo de títere tiranete? Porque há uma reserva de boa vontade nas pessoas que lhes diz que as coisas talvez não sejam tão más como parecem e que as pessoas podem não ser tão desprovidas de princípios morais e de sentimentos como parecem na televisão. Há sempre pessoas que levam a sua magnanimidade até à estultícia. E os primeiros-ministros deste mundo contam com isso. Com isso, com os crédulos que podem convencer a continuar a votar em si e com os moluscos que os servem no Parlamento.

É assim que os Governos fora-da-lei podem continuar a roubar aos milhares de milhões o seu povo roubando-lhes os bolsos, os empregos, as pensões, os ordenados, os subsídios, os serviços públicos que eles pagam, o património que construíram, as empresas públicas que são de todos, destruindo o progresso que se alcançou nas últimas décadas apenas para poderem enriquecer ainda mais os muito ricos e para poder aniquilar os resquícios de soberania que possam teimar em existir, espalhando a miséria e reduzindo o povo à inanição e à subserviência.

O que temos é um Governo não de salvação mas de traição nacional. De traição às suas promessas eleitorais, às suas juras de tomada de posse, às instituições democráticas e aos compromissos da civilização que todos abraçámos, de traição ao povo, espremido e vendido barato para enriquecer os credores.

E, no entanto, o povo não se move. Ou quase não se move. A acção do bando de malfeitores que se apoderam do Governo com falsas promessas parece tão inconcebível que parece impossível que alguém as leve a cabo sem que haja fortíssimas razões de interesse público, ainda secretas. Imagina-se que deve haver aí alguma racionalidade. Talvez o que o Governo diz da austeridade seja verdade. Talvez seja justo matar os pobres à fome para pagar aos bancos.

Custa a acreditar que alguém possa ser tão desonesto, tão insensível, com um tal ódio aos mais fracos. Pensamos que isto não é possível, que a lei nos protege, que a filosofia nos protege, que a história nos protege, que as decências que temos o direito de esperar dos outros que nos protejam.

Mas a história está cheia de exemplos destes. Durante anos ninguém acreditou que Hitler quisesse exterminar os judeus, ninguém acreditou que Pol Pot tivesse dizimado um quarto da população do Camboja. E na sombra destes grandes ditadores sempre houve pequenos velhacos, pequenos capatazes que fizeram o trabalho sujo apenas para terem as migalhas da mesa do poder.

Há racionalidade na acção do Governo, mas é a racionalidade do saque, do roubo descarado, da tirania da oligarquia.  

A decência está fora da equação.

RECEITA CHINESA

 

É muito simples!

Um ocidental em visita à  China ficou
 surpreso de ver a quantidade de velhos saudáveis e, curioso a respeito da milenar medicina chinesa, indagou a um experiente médico qual o segredo para se viver mais e melhor.
Ouviu do mesmo a sábia resposta:

"É muito simples. É só:
Comer a metade.
Andar o dobro.
E rir o triplo."

 

 

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