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O ENTARDECER

O ENTARDECER

PERFIL DO BOM JORNALISTA

Um bom profissional do jornalismo, distingue-se por um conjunto de qualidades específicas. Sem querer ser exaustivo, apresenta-se uma lista de caraterísticas que um jornalista deve possuir para o desempenho correto e credível da sua função: Curiosidade, rigor, síntese, clareza, objetividade, imaginação, linguagem, narrativa e humildade.

Por considerarmos a mais importante, abordaremos a curiosidade, acima das outras mencionadas. Se um jornalista não possuir esta caraterística muito pessoal de querer conhecer melhor tudo o que está à sua volta, de estar interessado no que o rodeia, dificilmente será um bom profissional. O que também pressupõe uma aprendizagem permanente, uma insatisfação com o saber, que necessita em cada momento de ser saciada. Sem isto, poderemos ter um bom funcionário, um burocrata, mas nunca um jornalista que procura comunicar ao público matérias novas e interessantes.

 

 

 

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UM DIREITO CONSTITUCIONAL?

 

 Será que um cidadão pode pensar? Chego a ter dúvidas sobre este direito, não muito explícito, na nossa Constituição! Todavia, consulto sempre a minha consciência afim de não pisar terrenos perigosos mas, há um impulso que não podemos calar, se não compreendemos, queremos compreender.

Leio habitualmente, pelo menos um jornal por dia, para além de vários telejornais que ouço, às vezes, arrepiado. Repito às vezes arrepiado!

É chocante ver, ouvir e ler as notícias sobre os atuais refugiados. Nos últimos três anos, o número de refugiados que acorreram à Europa aumentou de forma brutal revelando as crescentes desigualdades que assolam o mundo.

 

 

Ruanda – Primavera de 1984

Por exemplo, Angola esteve em guerra entre 1961 e 2002. Primeiro foi a luta de libertação do colonialismo português (1961-1974), e depois da Independência (1975), a devastadora e interminável guerra civil (1976-2002) que causou a morte a milhões pessoas.

O  número de angolanos deslocados internos e de refugiados nos países vizinhos elevava-se em 2002 a cerca de 1,5 milhões de pessoas. As províncias que registavam o maior número de novos deslocados internos eram as de Huambo (115.000), Malange (73.000) e Bié (59.000).

Nos últimos três anos, o número de refugiados que acorreram à Europa aumentou de forma brutal revelando as crescentes desigualdades que assolam o mundo.

Porém, nunca como agora, o drama dos refugiados foi tão badalado! Mesmo, o drama com portugueses (denominado de RETORNADOS).

Meio milhão de portugueses, foram integrados na sociedade portuguesa durante o período que vai do Verão de 1974 ao Verão de 1975, fruto da descolonização imposta pelo fim das guerras coloniais. Foi um movimento de integração populacional sofrido e único, que trouxe uma massa humana qualificada que contribuiu de forma decisiva para a construção do Estado democrático. Para a história ficaram conhecidos como os "retornados"! Na realidade, são a última geração de portugueses que viveram e cresceram na África colonial portuguesa, mais desenvolvida que o continente!

O mundo impressionou-se com isto? Não. Eles poderiam lá ter ficado? Sim. Porque não, se nos dias seguintes as nossas antigas colonias estavam pejadas de russos, cubanos, checos, búlgaros etc. que nada tinham feito pelo progresso nesta área do mundo!

Mesmo cá, os ditos retornados, foram ignorados e desprezados! Só agora um deles chegou a primeiro-ministro! Sim, e para salvar Portugal de uma feroz bancarrota. Vejamos se o povo percebe isto?

FEITOR ASTUCIOSO

E dizia também aos discípulos: “ Havia um homem rico que tinha um feitor e este foi-lhe denunciado como tendo esbanjado os seus bens. E tendo-o chamado, disse-lhe: Que ouço de ti? Dá-me conta da tua administração; porque não podereis mais administrar”. Então o feitor disse consigo; Que farei? Porque o meu senhor me tira a administração? Cavar, não tenho força; mendigar, tenho vergonha.

 Sei o que hei-de fazer para que, quando for removido da administração, me recebam em suas casas. E tendo chamado cada um dos devedores do seu senhor, dizia ao primeiro. Quanto deves ao meu senhor? E ele respondeu: Cem medidas de azeite. Então disse-lhe: Toma a tua caução senta-te e escreve cinquenta. Em seguida disse a outro: E tu, quanto deves? Cem alqueires de trigo. Toma a tua caução, senta-te e escreve oitenta.

 E o senhor elogiou o feitor infiel, porque procedeu com esperteza: pois os mundanos são mais hábeis para com os seus semelhantes do que os filhos da Luz. E eu vos digo: Fazei amigos com o dinheiro da iniquidade, para que, quando ele vier a faltar, vos recebam em moradas eternas. “ “Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; e quem é infiel no pouco, também é infiel no muito”.

“Se, pois, vós não fostes na riqueza iníqua, quem vos confiará a verdadeira? Se vós, pois, não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?

POBRE POVO VS POVO POBRE

“SINA”

Temos explorado o pobre e temos chamado a isso “sina”.

Povo Pobre, Pobre Povo

Povo pobre culturalmente. Pobre povo que não tem acesso á diversidade cultural, para ser consciente.

Povo pobre ludibriado na eleição. Pobre povo que tem uma política de pão e circo como gratidão.

Povo pobre que não consegue diferenciar um partido eleitoral assistencialista, de um neoliberal. Pobre povo que boa parte nem se preocupa com eleições e acaba sempre dando-se mal.

Povo pobre que acredita que enriquecerá apenas trabalhando. Pobre povo que é explorado e seus patrões são os que enriquecem com você se matando.

Povo pobre explorado em qualquer sociedade. Pobre povo que é explorado sem ter idade.

Povo pobre que diariamente enfrenta transportes públicos lotados. Pobre povo que poderia pensar em se organizar em vez de se digladiar e não ficar acomodado.

Povo pobre que enfrenta policiais em manifestações. Pobre povo que poucas vezes sabe que o inimigo veste terno e gravata, ao invés da farda.

Povo pobre que enfrenta a água da enchente entrando em suas casas, sem alguma consciência. Pobre povo que joga os seus lixos nas ruas e rios e se esquecem de suas causas e consequências.

Povo pobre alienado pelos meios de comunicação. Pobre povo que muitas vezes acredita apenas nas suas “verdades”, utilizando-as como sermões.

Povo pobre que assiste a novelas. Pobre povo que se esquece da vida real fora das telas.

Povo pobre que só sabe criticar. Pobre povo que ao invés de apenas escrever tem que começar a revolucionar, deixando de acreditar em palavras socializantes.

Peterson em 27/01/2011

TUDO QUE NASCE, MORRE!

Uma Quinta, algures no Ribatejo, anterior à nossa nacionalidade, começou a ser visionada, lentamente, no meu pensamento. Fiquei estupefacto, mesmo sonhando! Lá estava a Quinta onde passei os momentos mais belos da minha vida! O varandim e o rio Tejo, no qual corria apenas um fio de água. Pensei: certamente as barragens de Espanha, retêm a muita água que normalmente ele tinha a correr! As amoreiras que rodeiam o palácio e castelo, já não dão amoras!

A Quinta estava quase irreconhecível! Não se via viva alma, estava abandonada e desprezada! Não havia flores, carros de bois a passar, jovens a caminho do rio Tejo. Toda a verdura que se podia ver o ano inteiro estava, naquelas imagens do meu pensamento, toda amarelada e seca.

Contudo, os edifícios continuavam de pé! Com muitas rugas no seu aspeto exterior, mesmo assim, iam aguentando a pé firme, quase incólumes aos anos passados!

HONESTIDADE

 

Quando um pássaro está vivo, ele come formigas. Quando o pássaro morre, as formigas o comem. Tempo e Circunstâncias podem mudar em qualquer minuto. Não desvalorize ou machuque algo na sua vida. Você pode ser poderoso hoje; mas lembre-se: O tempo é mais poderoso que você! Uma árvore faz um milhão de fósforos. Mas apenas um fósforo é necessário para queimar milhões de árvores. Então, seja e faça o bem."

 

"Honestidade não é qualidade. É obrigação”

 

 

ELECTRICIDADE; PETRÓLEO E LENHA

 

ACORDEM, não há tempo a perder.

 

Um bilião e seiscentos milhões de seres humanos têm acesso à "eletricidade". Frase proferida por Romano Prodi no "11th International Energy  Forum" realizado em Roma. Num mundo que se afirma de progresso e de solidariedade, aquela realidade impressiona. Nós, que nos queixamos de tudo, idealizemos o quotidiano sem energia elétrica. Na qualidade de vida. Saúde. Ensino. Segurança. Comunicações. Diversões. Dois biliões e quinhentos milhões de homens continuam a utilizar apenas a lenha e o carvão vegetal para uso doméstico. Estima-se que mais de um milhão de pessoas morrem por ano devido à poluição causada pelo uso destes combustíveis. Em contrapartida, no citado fórum, o representante da Arábia saudita afirmou: "Enquanto falávamos, nestas duas horas o mundo consumiu cerca de seis milhões de barris de petróleo". Apesar do progresso verificado nas últimas décadas, o abismo entre grupos significativos de homens agrava-se.

Até 2030, o consumo de combustíveis fósseis aumentará 1,3% ao ano. A China chegará aos 16,5 milhões de barris por dia. Os transportes, e não a eletricidade, serão os grandes responsáveis. É sobre eles que os governos têm de atuar.

Os países consumidores vivem a angústia do preço, da dependência, da insegurança. Pedem o aumento da produção para se garantir o abastecimento a preços sustentáveis. À cautela, desenvolvem e instalam métodos alternativos aos combustíveis fósseis. Eólica. Hídrica. Biomassa. Ondas. Marés, Solar, Nuclear. Biocombustíveis.

Os países produtores, entupidos pelos dólares, modernizam-se e compram ativos nos vários cantos do mundo. Solicitam a garantia de consumo para realizarem investimentos reprodutivos a prazo. Até 2030, estima-se que serão necessários 21 triliões de dólares. Caso contrário, os preços do petróleo e do gás subirão. Enquanto se procura um equilíbrio, milhões de homens continuam a viver sem as comodidades geradas pelo eletrão. Outros, designadamente mulheres e crianças, andam à lenha para prepararem a magra refeição quente que lhes dê a energia mínima para se manterem vivos. Entretanto, os preços do trigo, da soja, do arroz, e do milho disparam. É o mundo em que vivemos. Precisa-se de uma nova ordem mundial antes que a miséria, a fome e o desespero a criem.

António Almeida - Economista

OS PASTORES, AS OVELHAS E A SERRA

Parece que a subida dos rebanhos à Serra da Estrela, onde vão passar os meses de verão, acontece depois da tradicional romaria da bênção das ovelhas, que ocorreu no domingo, na aldeia de Folgosa da Madalena.

Cerca de mil ovelhas do concelho de Seia vão subir no sábado para a Serra da Estrela, acompanhadas por pastores e turistas, durante a terceira edição da Festa da Transumância e dos Pastores, foi esta terça-feira anunciado.

"Os rebanhos partem do largo da Câmara [no centro da cidade de Seia , prosseguindo a viagem pelos seculares caminhos da transumância, em direção àquela que é a aldeia dos pastores, o Sabugueiro", adianta a organização.

A Festa da Transumância e dos Pastores é organizada pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede das Aldeias de Montanha (ADIRAM) em parceria com o município de Seia e em articulação com os pastores locais, "que todos os anos sobem à montanha em busca de melhores pastos, uma tradição secular que no concelho de Seia ainda se mantém".

A organização desafia o público a subir à montanha e a "deixar-se levar por uma autêntica sinfonia de homem e natureza, onde não há lugar para os espetáculos comuns". 

Promovido em articulação com os pastores que ainda mantêm esta prática e integrado no evento regional a “Grande Rota da Transumância”, que tem como grande objetivo preservar e dignificar este ofício, ainda tão enraizado na comunidade pastoril do nosso território, a "Festa da Transumância e dos Pastores" agrega três grandes momentos:

- A romaria das ovelhas à Festa de S. João, na Folgosa da Madalena, a 23 de junho;

 

A PERCEPÇÃO DO GRUPO

A perceção individual do mundo é influenciada pelo grupo.

Aquilo que o grupo aprova ou valoriza tende a ser selecionado na perceção pessoal; já o que é rejeitado ou indiferente aos valores do grupo tem menor possibilidade de ser selecionado pela perceção do sujeito – e se for significativa para o sujeito, este o guarda para si ou o elabora de forma a adaptá-lo aos valores grupais, seja de forma lúdica, simbólica ou distorcida, no intuito de evitar a censura coletiva.

O indivíduo que consegue burlar a censura grupal e introduzir nela uma significativa mudança de valores adquire o poder de influenciar a História, daí o dizer-se que ‘os poetas são profetas’. Explica-se, assim, o medo que os governos autoritários e ditatoriais têm da elite cultural, a perseguição política acirrada que os representantes da cultura têm sofrido através nos séculos – por exemplo, queima de livros e de sábios nas fogueiras da Inquisição, acusados de bruxaria e de pacto com o demónio.
O indivíduo que consegue burlar a censura grupal e introduzir nela uma significativa mudança de valores adquire o poder de influenciar a História, daí o dizer-se que ‘os poetas são profetas’.
 
Explica-se, assim, o medo que os governos autoritários e ditatoriais têm da elite cultural, a perseguição política acirrada que os representantes da cultura têm sofrido através nos séculos – por exemplo, queima de livros e de sábios nas fogueiras da Inquisição, acusados de bruxaria e de pacto com o demónio.

Os povos evoluem através de mudanças significativas na sua cultura e as mudanças acontecem rapidamente quando o clima político é de liberdade; caso contrário demora apenas mais uma pouquinho, o tempo de o pensamento, que é livre, romper os grilhões da intolerância

 

A TEORIA DO REBANHO

Foto: Reprodução

Vamos supor que estamos sentados numa sala com mais 10 pessoas que parecem concordar num dado assunto, mas nós temos uma opinião contrária! Devemos manifestá-la? Ou simplesmente seguir os outros?

Décadas de investigação mostram que as pessoas tendem a seguir o ponto de vista da maioria, mesmo pensando, que esse ponto de vista está objetivamente errado?

Na teoria de Nietzsche, ele apresenta o conceito da Sociedade de Rebanho, onde todas as pessoas fazem sempre as mesmas coisas, como os animais num rebanho Assim, cada indivíduo deixa de ser ele mesmo e torna-se nessa Sociedade do Rebanho, “pela padronização das pessoas! Exemplo: somos todos tijolos iguais que servimos para construir um grande muro, que é a sociedade.

Na sua teoria do Estado, Friedrich Nietzsche mostra-se, fundamentalmente, contrário à democracia moderna, destacando que esta representa a supervalorização da igualdade e, neste sentido, impede o crescimento de grandes homens que promovam o progresso da cultura e da humanidade. 

Por último, e sem certezas de nada, podemos lembrar-nos de uma frase popular que nos diz:

 “ Todos diferentes, todos iguais”!

Parece ficar para sempre esta eterna dúvida?

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